paishabilitar/ Junho 16, 2018/ Testemunhos

(Há Habilitar)

Houve no passado dia 27 de maio, domingo, uma casa cheia.
Uma casa cheia em torno de um projeto mais que especial. Implementado por pessoas mais que especiais. Por meninos mais que especiais. Coração cheio com caras amigas. Crianças cheias com momentos felizes.

(Há certeza)

Andámos meio despidos. Na certeza de não deixar acabar. Na incerteza e fragilidade de quem tem que se redefinir e ainda não sabe como.
Uma nova identidade. Desta vez nas nossas mãos.
Descobrir como subsistir. Deixados meio despidos e meio descalços.
Descobrir como construir pontes e derrubar muros. Deixados meio náufragos e meio isolados.

(Há movimento)

E se andámos cá por dentro meio despidos, lá por fora foram sendo descobertos os sinais.
As pessoas deram as mãos. Puxaram-nos pelas mãos. Com a generosidade de quem partilha a certeza de não deixar acabar.

(Há envolvimento)

A Associação Voz Nua vestiu-se de gala. Vestiu-nos a nós de gala.
Cantaram as várias vozes, nuas, nos seus diversos ritmos e maturidades. Intercaladas nas nossas vozes, em diferentes vertentes, decididas e emocionadas.
Ouviram-se as vozes que encheram a sala. Já de si tão cheia.
Vieram os amigos. Os que já cá estavam e que acreditaram, de sempre. Os que conhecemos entretanto, de ontem. Os de agora.

Vieram as famílias. Gratas. Vulneráveis.

Vieram os que fazem acontecer. Nossos Habilitadores.

(Há resultados)

Desta vez não é só o sonho. Há um percurso. A descoberto.

(Há futuro)

Houve no passado dia 27 de maio, domingo, qualquer coisa no ar em Aveiro. E muito se acrescentou.

A mesma convicção, agora mais partilhada.

A mesma emoção, agora melhor entendida.

O mesmo Habilitar, agora mais habi(li)tado.

                Eu, uma mãe que lá esteve

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